Caiobá – quando tudo está cheio, lá é só paz

Neste feriado fomos para Caiobá, uma praia pequena no litoral do Paraná. Caiobá fica a 110 km de Curitiba, a estrada é bem boa (o pedágio é bem carinho, mas a estrada está muito bem conservada). Tenho uma ligação afetiva com a praia pois meu avô tem casa lá e eu frequento desde pequena. Caiobá é uma ótima alternativa quando queremos viajar sem gastar muito. A casa dele fica em na Praia Mansa, que tem uma faixa de areia grande e mar calmo. Raramente fica cheia e nunca lotada. Pena que a cor do mar não é clarinha como nas praias do nordeste!

Caiobá é um balneário de Matinhos e tem mais casas/apartamentos de verâneio do que estrutura turística. Os dois únicos hotéis que ficam na praia mansa são os mesmos de 2o anos atrás. Também não tem muitos restaurantes ou mercados. Já Matinhos tem uma estrutura bem mais completa com farmácias, mercadinhos, frutarias, lojinhas. E muito mais gente na praia, caminhando, andando de bicicleta…

Onde ficar:

Hotel Fragata

Av. Manoel Ribas, 566 – (41) 3452-1540

Caiobá Praia Hotel

Rua Augusto Blitzkow 208 – (41) 3452-1688

Hotel Caieiras

Estrada do Ferry Boat, 2000 – (41) 3452-1917

Na praia Brava, que vai de Caiobá até Matinho há algumas pousadas simpáticas, mas não cheguei a conhecer nenhuma delas.

Onde Comer

Tia Luiza

Pc Dante Luiz – ‎ (41) 3473-6522

Canoa Quebrada

Av. Atlantica, Esquina Av. Londrina nº05

Casa do Camarão

Av. Atlântica, 2010 –  ‎ (41) 3473-4810

Porto Campelo

Rua: R. Valdir Muller, 334 – Matinhos

Lachinhos imperdíveis:

Sonho de doce de leite da Marta

Coxinhas, empadinha de camarão e pastel feito na hora do Neno

E em Cabaraquara (o acesso é pela estrada que vai para o Ferry) ficam os melhores restaurantes da região. O último trecho da estrada é de terra. Os restaurantes são rústicos mas muito simpáticos, a comida é ótima! Já fiz alguns posts sobre eles.

Projeto Ostra Viva

Vivere Parvo

 

Para ver outros post sobre o litoral do Paraná, clique aqui (Guaraqueçaba, Superagui, Morretes e review de restaurantes)

Vivere Parvo – Cabaraquara

No meio do feriado resolvemos fazer um bate e volta até a praia.  A previsão não era de muito sol, nem de muito calor, mas acabou sendo melhor que a encomenda.

Na sexta à noite fomos jantar no Restaurante Porto Campelo em Matinhos, litoral do Paraná. A comida estava gostosa mas achei o preço um pouco salgadinho. O lugar tem uma decoração bacana e um cardápio variado. Na verdade o pátio é bem legal, mas é a 2ª vez que vamos lá e está chovendinho, então não podemos aproveitar. Entre iphones, o jardim e a música ao vivo, as crianças se entretiveram durante toda a refeição.

Restaurante Porto Campelo

Rua: R. Valdir Muller, 334 – Centro

Matinhos | PR

(41) 3473-3347 Cel: (41) 7816-5199

 

 

 

Almoço no Vivero Parvo

 

No dia seguinte, o tempo acabou ficando bem melhor do que o previsto (ainda bem) e nosso almoço no Vivere Parvo foi uma delícia. Eles servem um linguado no molho de maracujá que eu acho maravilhoso e o espaço é indiscritível: fica no meio da mata atlantica, com riozinhos, peixes, ofurô e uma decoração super rústica e de muito bom gosto.

O Edinho e o filho fizeram praticamente o restaurante inteiro sozinhos).

Agora que a Luiza não é mais um bebê, ela começou a aproveitar também. É um daqueles lugares para ficar horas batendo papo e tomando caipirinha.

Não faltam opções de distração para as crianças: areia, pedrinhas…

…piscina natural, laguinhos com peixes “adestrados”

As ostras de lá não são tão gostosas quando as do Ostra Viva, mas o Pedro, que é fã de ostras gratinadas, adorou!

Para chegar lá basta pegar a estrada que liga Caiobá ao ferry de Guaratuba e continuar depois da entrada do ferry. A estrada é sinalizada com placas que indicam o restaurante.

Caiobá

Caiobá é a praia da minha infância. Fui para lá quase todos os anos, desde que eu tenho 2 meses de idade. Meu avô tem uma casa muito gostosa lá. A casa tem mais de 30 anos e fica muito próxima ao mar. Meu avô é um geólogo muito ligado à natureza, ativista, muito antes disto virar moda. Estava sempre no jornal criticando, pedindo apoio, chamando atenção para as desatenções à natureza. Um ecologista a frente do seu tempo. O trabalho dele é reconhecido, publica uma média de 1 livro por ano. A casa da praia tem um pedacinho de mata que ele não deixa ninguem tocar. Aliás, ele tem sérias restrições a matarmos os pequenos insetos (afinal apra isto que servem as lagartixas, certo?). Foi na casa dele que aprendi, bem pequena, a separar o lixo.

 

Mas voltando a praia de Caiobá… lá não tem barzinhos charmoso, nem restaurantes muito expressivos. Parece que ficou meio parada no tempo. O mar é marronziiiiiiinho… uma pena. A praia mansa até que é charmosinha, mas minha ligação com ela é afetiva.

 

O Pedro e aLuiza adoram. De manhã, saem com baldinhos, pazinhas e prancha, caminhando até a areia. Chamam o Neno, vendedor do pastel de carne, pelo nome, conhecem as crianças das barracas vizinhas, e de tarde, podem andar de bicicleta pra lá e pra cá.

E meu avô adora ver os bisnetos curtinho a praia dele. Hoje eles estão lá, com ele, enquanto eu estou em Curitiba. Exatamente como acontecia quando eu tinha idade deles. Minha avó, que não curte muito praia, ficou com ciúmes e decidiu ir pra lá também.

Esta foto é do ano passado, mas meu avô e a Luiza continuam almoçando e jantando antes que o resto da família

 

 

Ano passado também fiz um post sobre meu avô com meus filhos na praia aqui. E tem uma foto da minha avó com a Luiza no colo na casa da praia onde aparece a pequena floresta da casa aqui. (e que prova que até que ela vai pra praia!)

 

PS:  Eu andei mencionando alguns restaurantes como a Toca do Caranguejo e o Ostra Viva, fazendo referência a Caiobá, mas eles não são em Caiobá, ficam na Prainha (Caminho do Ferry) e Cabaraquara, respectivamente!

 

 

As melhores ostras do Mundo

Baia de Guaratuba, onde é feito o cultivo das ostras

Todo ano vamos comer ostras no Ostra Viva. Desde pequeno, o Pedro nos acompanha. O restaurante, na verdade, é quase um quiosque, que fica na beirinha da baia de Guaratuba e faz parte de um projeto que tem como objetivo o cultivo de ostras no Paraná (Cultimar).

Trilha pelo mangue

Fica na estrada de Cabaraquara (pertinho de Caiobá), cercado de mata atlantica. Começou com 2 mesinhas, agora já tem umas 10. O serviço, feito pelo Hamilton, é impecável, e o ambiente, é indescritível! Extramente rústico, não tem uma só parede. Só servia ostras até 2 anos atrás. Agora serve também camarão soltinho e iscas de peixe. Muitas vezes, levamos uma garrafa e vinho e uma saladinha de casa.

Meu avô é fã da ostra gratinada

Assim que chegou, o Pedro levou o tio Dan para conhecer a trilha pelo mangue…

…e mostrar os caranguejos

Ah e as caipirinhas, tanto de limão como de maracujá são um espetáculo!

Projeto Ostra Viva

Estrada do Cabaraquara
Guaratuba

 

Como chegar:
Saindo de Curitiba para Matinhos pela BR277 ou pela BR376 pela estrada de Garuva vá até o Ferry Bout, a travessia de Caiobá para Guaratuba ou visse versa, no lado de Caiobá e entre na Estrada (Estrada do Cabaraquara) ao lado da Polícia Civil. Siga pela estrada e ai é só seguir as placas indicativas.

Temporada com o biso

Nesta temporada aconteceu uma coisa muito legal: deixei a Luiza e o Pedro com meu avô e com a Ivone na praia. Eu tinha passado o final de semana lá e precisavamos voltar para trabalhar. Ele meio que brincou dizendo que acharia legal, liguei para Ivone e ela topou. E assim, meio no susto, meus filhos ficaram com meu avô na praia.

Pra mim foi muito legal, porque eu fiquei MUITAS, inúmeras, temporadas com ele na praia, desde que eu eu era pequena até já bem grandinha. Tenho lembranças ótimas desta época, em quase todas estou tomando sorvete. As regras sempre eram bem rigidas, não podia ficar no sol forte, não podia voltar tarde pra casa, tinha que comer direitinho… e a gente (eu, o Gui, a Gi e os amigos que estivessem junto) adorava!!!

Com eles não foi diferente. O Pedro e a Luiza foram para praia, tomaram sorvete e andaram de bicicleta com ele. A Luiza e meu avô se apaixonaram um pelo outro. A hora em que ele mais se divertia era quando ele dava comida na boca da Luiza e ela dava comida na boca

dele.

A única controvérsia foi a respeito de caçar maria-farinhas à noite. Ele não gostava muito da idéia, mas acabou convordando desde que os sirizinhos fossem devolvidos no final da brincadeira.

Agora estão todos torcendo para que temporada que vem chegue logo!