Recife a caminho das praias de Pernambuco

Recife está no roteiro de muitas famílias que estão a caminho das praias (lindíssimas, diga de passagem) de Pernambuco. Um dos principais destinos do litoral é Porto de Galinhas, que fica há cerca de 1 hora do aeroporto (quando não há trânsito). Algumas melhorias foram feitas na estrada recentemente e a entrada de Porto de Galinhas está fluindo melhor, embora em feriados, as vezes ainda fique congestionada.

Fiquei muito bem impressionada. Fazia muitos anos que eu não passeava por Recife. Achei a cidade muito melhor conservada, com melhorias no transporte público, mais hospitais, orla conservada, sinalização adequada, enfim, de forma geral, gostei muito.

A revitalização do Recife Antigo

Recife antigo e a região do porto estão sendo revitalizados e o resultado está ficando muito bacana, a região ao redor do  Marco Zero já está toda colorida e simpática. O Centro de Artesanato de Recife tem uma ótima curadoria de imagens, louças, redes e lembranças. Logo em frente, fica o Parque das Esculturas do Brennand. É possível ver as esculturas a partir do Marco Zero ou de perto, atravessando o rio Capibaribe de barquinho (acabamos não fazendo este passeio pois vimos muitas esculturas na Oficina e no parque não há outras atrações).

Almoçamos no Bar e Bistrô B&B, um restaurante bem prático (buffet), atrás do Centro de Artesanato. Ótima dica para quem estiver por alí na hora do almoço ou no fim da tarde, o local tem uma vista muito bonita do Parque das Esculturas.

 

 

Passamos apenas 1 noite lá e conseguimos fazer alguns programas bem legais. Ainda deu tempo de fazer outros programas nos arredores:

• Fomos conhecer a Oficina Brennand (que era um sonho há anos) veja o post aqui;

• Aproveitamos para visitar o Instituto Brennand – que não tem nada a ver com a Oficina; (estou devendo um post explicando sobre este espaço).

• Fomos jantar no Nez Bistrô, na praça de Casa Forte que foi projetada por Burle Marx. O restaurante é muito charmoso, eu adorei! Fomos com as crianças e elas foram super bem atendidas embora o clima seja mais “casal”,  principalmente a noite, por causa das mesas com velinhas. No cardápio, os pratos kids são Escalopes de Filé e Robalo Grelhado. Na região ficam diversos outros restaurantes e algumas baladinhas. No site Viaje na Viagem, o Ricardo Freire falou sobre o Barchef (veja aqui), passamos na frente e achei muito bacana.

 

 

 

Oficina Brennand – passeio nos arredores de Recife

Um dos jardins da Oficina foi projetado por Burle Marx

Sonho em conhecer a Oficina Brennand há cerca de 10 anos, quando construí minha casa e conheci o trabalho do artista Francisco Brennand.  O local é um museu de esculturas a céu aberto e também o local onde ele produz as cerâmicas até hoje. Fica nos arredores de Recife e  todos me diziam que era um lugar fantástico. Quando planejamos nossa viagem de fim de ano para o litoral de Pernambuco, um dos motivos era justamente conhecer a Oficina.

A Oficina é um lugar incrível e fascinante. Lembra um reino mágico, onde se passam as histórias que criamos para nossos filhos na hora de dormir. De fora, antes mesmo de chegar, vemos as primeiras esculturas erguidas pelo jardim. Nos muros, muitos guerreiros e pássaros-guardiões. Uma das grandes atrações é um passarela que leva até um grande templo.

O templo das esculturas fica em uma área coberta. São centenas de peças, cada uma surpreendente à sua maneira. O artista Francisco Brennand continua ativo, produzindo cerâmicas decoradas (e obras de arte). Quem tem sorte, encontra com ele passeando pelos jardins. Outro destaque é a praça (jardim) projetado por Burle Marx onde os cisnes negros vivem rodeados de esculturas.

O passeio leva cerca de 2 a 3 horas (quem quiser prestar atenção a todos os detalhes pode passar o dia por lá). Não há muitas restrições para as crianças, que tem bastante espaço livre para correr e brincar. Meus filhos ficam muito interessados pelas figuras. As áreas cobertas (Salão das Esculturas, Anfiteatro e Academia – onde ficam exposto os quadros) são lugares bem fresquinhos (nos jardins, faz calor!).

Vale a pena almoçar no restaurante que fica na entrada (ou pelo menos experimentar uma das tortas com um café).

Quando comecei a me informar sobre o local descobri algumas coisas importantes:

• Primeiro, existe vários Brennands na região. Eles são da mesma família mas tomaram rumos diferentes. Um deles é o artista, meio excentrico, o Francisco. Ele usa a antiga olaria da família para produzir suas obras e também as cerâmicas.

• O outro, talvez mais famoso do que o artista (não posso deixar de considerá-lo ainda mais excêntrico) criou um lugar chamado Instituto Brennand.  O local fica muito próximo da Oficina. São 3 castelos, inspirados nos castelos ingleses, com obras como David de Michelangelo, O Pensador, de Rodin, uma coleção de armas brancas e outra de bonecos de cera. Mas isto é assunto para outro post.

• Os horários de abertura da Oficina são bem restritos. Não abre nos fins de semana, nem em feriados. De segunda a quinta abre das 8h as 17h e, nas sextas-feiras, das 8h às 16h.

• Chegar na Oficina não é tão simples. Na véspera da minha viagem, o Ricardo Freire publicou um post com instruções detalhadas (veja aqui). A Naira, do  Embarque na Viagem também tinha acabado de voltar e me deu dicas! Obrigada!

Para ver mais Brennand…

O centro antigo de Recife está sendo revitalizado e uma das atrações é o Parque das Esculturas, com obras em cerâmica do Francisco Brennand. Fica em frente ao Marco Zero da cidade.

Propriedade Santos Cosme e Damião, s/n, Várzea
CEP 50740-970 
Recife – PE – BRASIL
81 3271.2466

As Melhores Viagens com Crianças: Praia dos Carneiros

Eu estou ficando viciada nestas praias do nordeste com areia branca, coqueiros e piscinas naturais. Quem não? Brincadeiras a parte, sei que tem quem prefira praias com mais estrutura (principalmente quem tem filhos pequenos), ou mais perto de vilas com centrinho, mas eu gosto mesmo é de praias que lembrem ilhas desertas. Esta é uma boa definição para a Praia dos Carneiros, em Pernambuco.

Estive por lá 2 vezes, de passagem, e sonhava em voltar. A estrutura dos bares de praia e pousada mudou um pouco, mas ainda é um destino (bem) pouco explorado. A praia fica no município de Tamandaré, ao sul de Recife, depois de Porto de Galinhas. As belezas naturais são muito parecidas, mas a densidade demográfica é beeeem diferente (= muito menos gente).

Na maré baixa vemos um imenso banco de areia e dezenas de piscinas naturais junto aos corais. É lindíssimo. A temperatura da água é um sonho. Ficamos uma semana e nossa rotina era muito simples: de manhã a gente decidia se naquele dia nossa vontade era mergulhar nas piscinas naturais ou ficar lendo e brincando na praia. A tarde, depois que maré estava baixa de novo, era uma delícia caminhar pela praia ou brincar na piscina.

ONDE FICAR

Depois de conversar com amigos que conhecem a região e pesquisar preços, decidimos ficar no Sitio da Prainha, a pousada mais isolada de todas (eu realmente não tenho medo de ficar longe do agito 😉 Fica lá na curva do rio. Ficamos em um bangalô de frente para a praia com um quarto (com ar condicionado) e as crianças ficaram na sala, em um sofá cama (com ventilador no teto). A pousada também tem alguns apartamentos (térreos) um pouco mais novos do que os bangalôs que ficam mais longe da praia.

O café da manhã e o jantar estavam incluídos na tarifa. Achei a comida muito gostosa, todos os dias havia uma opção de prato com peixe ou frutos do mar, uma opção de carne ou frango ou massa e um prato infantil com molho mais simples que podia ser adaptado. Em todas as refeições são servidas diversas opções de sucos naturais (graviola, goiaba, mangaba, maracujá, uva, melancia, etc) no lugar dos refrigerantes. A Luiza gostou tanto da sopa de couve-flor que foi servida na entrada que tive que pedir a receita!

As outras pousadas que pesquisamos foi a Pontal dos Carneiros Beach Bangalow  (mais sofisticada mas sem piscina) e a Pousada Praia dos Carneiros.

Outra opcão é alugar um chalé ou uma casinha em um dos “sítios” (há diversos). Não cheguei a pesquisar a estrutura, mas me pareceu BEM interessante. A localização é excelente. Anotei o telefone de 2 deles (81) 9952-8812 e (81) 9272-1757.

ONDE COMER

Embora a praia seja pequena, pelo menos 2 restaurantes são imperdíveis e completamente diferentes um, do outro: o Beijupirá é conhecido e reconhecido. A comida é tão boa que repetimos. Fica logo ao lado do hotel Pontal do Carneiros.

O outro é o bar do mangue, conhecidíssimo de quem frequenta a região. Super simples, roots mesmo, tudo colhido na hora, no mangue (você escolhe os carangueijos ainda vivos). Muita gente leva sua própria bebida. A única maneira de chegar é de barco.

Outras opcões são os bares de praia Bora Bora (o mais famoso e turístico), o Arikindá (vizinho e mais simpático), Muskato (o menos turístico e mais barato) e o da Prainha dos Carneiros (mais isolado). Eles tem cardápio bem completo, alguns tem consumação mínima e todos enchem cedo pois recebem gente que vem passar. Desta vez, não conseguimos comer em nenhum. Da última vez comi no Bora Bora.

COMO CHEGAR

Contratamos um transfer que nos pegou no aeroporto, levamos cerca de uma hora e meia até a pousada. O acesso, depois que construiram a ponte sobre o rio Arikindá, ficou muito fácil. Só complica quando tem engarrafamento por causa dos feriados (como o resto do Brasil). Quem fez o transfer foi o Fabio.

fabiocahu@gmail.com
(81) 8195-1367

Um dia na Praia dos Carneiros

A maioria das pessoas apenas passa o dia na Praia de Carneiros. Os passeios são feitos a partir de Porto de Galinhas. Quem faz estas day trips, vai direto para os bares de praia como o Bora Bora, o Arikindá ou no Prainha dos Caneiros.

Durante o dia são feitos passeios nas piscinas naturais, até o banco de areia ou até um local onde há um banho de lama, geralmente estes programas estão incluídos no pacote e são feitos em um catamarã.

Dicas para viagem de Ano Novo com Crianças

O Pedro adorou a tradição de soltar balões no Ano Novo em Phi Phi, na Tailândia

Algumas das viagens mais legais que fiz na vida foram com meus filhos durante o feriado de Ano Novo.

Entre elas estão a viagem para  Fernando de Noronha quando o Pedro tinha 1 ano e meio, Itacaré (na Bahia) quando ele tinha 4, Tailândia quando a Luiza tinha 1 ano e litoral de Alagoas este ano.

Este ai, de camiseta e boné, em Itacaré, é o Pedro

Durante o Ano Novo, hotéis e passagens ficam bem mais caros, por isto é muito importante planejar com bastante antecedência. Algumas dicas para quem não sabe nem por onde começar:

• Se você conseguir, emita as passagens aéreas de milhas. Na TAM elas ficam disponíveis com três meses de antecedência para destinos nacionais, ou seja, no fim de setembro você deve estar com seus destino definido. No Smiles não existe este prazo (ela estão sempre disponíveis);

• Logo após o Ano Novo (dias 2, 3) as tarifas dos hotéis ficam bem mais baratas. Se estiver com o orçamento apertado, passe a noite do reveillon em casa e viaje no dia seguinte;

• Se estiver em um grupo grande, ou com filhos maiores compensa alugar uma casa com vários quartos: a família vai ter mais liberdade e até mais conforto. De forma geral, o aluguel é mais barato.

• Informe-se sobre a localização do hotel/pousada para saber se ele não fica em uma região onde as festas são muito barulhentas ou se não tem música alta até tarde.

• Ao invés de ficar em praias muito agitadas, fique próximo a elas. Você só curte a balada se quiser.

• Não force crianças pequenas a ficarem acordadas. Se estiver em uma casa ou em um hotel onde elas possam ser monitoradas, deixe elas dormirem. Se os seus filhos aguentarem ficar acordados, tente convence-los a tirar uma soneca a tarde.

Fernando de Noronha é, sem dúvida, uma dos lugares mais lindos do mundo

As melhores viagens com crianças – Fernando de Noronha

Agora com foto!!

Destino: Fernando de Noronha
Idade: 1 ano e 6 meses

Reveillon 2005

Nossa viagem foi via Natal, e ele foi super companheiro. O vôo, apesar de longo, foi tranquilo. Até pouco tempo uma das lembranças dele era da família toda nos ônibus que faziam o trajeto entre o aeroporto e nosso hotel em Fernando de Noronha. Ficamos hospedados num hotel-casa (muito comum em Fernando de Noronha). Alugamos um bugge e cada dia fomos numa praia diferente. As praias, de forma geral, não tem NENHUMA estrutura. Nem bebidas nem comidas, nem cadeira ou guarda-sol. Por isto levávamos tudo, todos os dias. O Pedro tomava suquinhos, comia frutinhas, castanha de caju e tirava uma soneca na sombra do guarda-sol enquanto a gente mergulhava entre os peixinhos e tartarugas. Fizemos muitos castelos na areia.
Por causa do sol ele estava sempre de protetor solar, boné e camiseta.

Fizemos até passeios de barco para mergulhar (o que foi quase uma roubada porque era ano novo e tinha MUITA) gente e ele se comportou super bem. Pra falar a verdade, nós enjoamos mais do que ele.

Tirando a soneca da manhã